A maioria de pais e mães trabalham fora do lar. Passam pelo menos seis horas longe do aconchego, longe dos filhos. Saem em busca de conseguirem condições de dar o melhor que o salário possa comprar para satisfazer as necessidades da família.
Ao sair de casa, pensam no que trarão para sua crianças ao final do dia. Essas, ansiosamente esperam o dia passar, imaginando o que papai e mamãe trarão com o calor de seus abraços.
O que estamos levando para nossos filhos ao voltarmos para casa depois de um dia árduo de trabalho? Talvez, um pacote de pão e leite, para o café da manhã do dia seguinte. Ou um pote de sorvete, para amenizar o calor das noites de verão. Quem sabe uma revista em quadrinhos, para com nosso filho(a) lermos e rirmos das peripécias da Turma da Mônica. Ou um carrinho baratinho, só para ele ir brincar num canto, sozinho, e nos deixar descansar em paz...
Muitos pais não trazem nada disso, nem o pão para calar a fome eles podem comprar. Mas, será preciso comprar alguma coisa? Qual a real necessidade de nossas famílias? Qual a verdadeira fome?
Quando estava para completar 5 anos, nosso filho-neto, Víctor Henrique pediu que comemorássemos seu aniversário na escolinha. Estávamos em situação delicada, financeiramente. Então, dissemos a ele que não poderíamos fazer festa, nem mesmo comprar uma simples lembrancinha. Víctor Henrique, do alto de sua sabedoria de 5 anos, virou para nós e disse:
- Não tem problema, mamãe. Não se preocupe, papai. O importante, não é o presente, e sim o abraço do pai e da mãe.
No dia do aniversário, não o levamos à escola. Ficamos com ele em casa. Foi um dia como outro qualquer. Demos muito carinho, assistimos TV, fizemos as refeições juntos. Victor não gostou. Até hoje, reclama que não fez 5 anos, pois não comemorou na escola. Ele queria que o abraço fosse dado na fente dos amiguinhos, para que todos vissem como é amado.
Amanhã, Víctor Henrique completa 6 anos. Passou a semana em contagem regressiva. Disse que não quer comemorar na escola, não. Só quer ficar conosco. Mas, hoje, ficou dos mais emocionados, até tremia, na hora em que o outro avô trouxe o presente de aniversário: um carrinho e um jogo do Ben 10.
E nós, o que vamos dar a ele? Continuamos em situação financeira delicada. Estamos cumprindo o Plano de Leitura Bíblica Infantil com ele. Após cada leitura, ele senta para desenhar, fazer colagens. Outro dia, presenteou o pai com um coração de papel pintado de azul com o nome Daniel escrito por ele mesmo! À noite, deitado ao meu lado no sofá, asistindo TV, me fez a seguinte declaração:
- Você é linda feito uma Barbie Moda & Magia, enfeitada de glítter!
O aniversário é dele. Mas, sinto-me presenteada todos os dias. Estamos tentando viver novos conceitos: sustentabilidade e consumo consciente. Não vamos gastar dinheiro com brinquedos e festas. Vamos comprar o que precisamos para o dia-a-dia e vamos continuar lendo a Bíblia, desenhando, fazendo as refeições juntos. Ah, não podia esquecer, dando nosso grito de guerra:
- Um por todos, todos por um. Família!
O que você tem levado para casa, no final do expediente?
"Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que Ele dá.Como flecha nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude.Como é feliz o homem que tem sua aljava cheia deles!"Salmo 127:03-05a
Ana Mônica Jaremenko.
Direitos reservados ©2010.
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3 comentários:
Que reflexão interessante e precisa! Será que não temos levado para a nossa casa os problemas, as preocupações, as ansiedades e isso tem roubado o afeto, o diálogo e a compreensão entre os membros da família?
Obrigado Ana por essa mensagem de alerta!
Paz de Cristo, o SENHOR
Graças a Deus por sua família, Irs Jaremenko. Me sinto grato no Senhor por estarem seguindo o meu humilde blog. Estou também seguindo o seu.
Abraços fraternais no Senhor Jesus.
Uma das coisas mais importantes na vida cristã é a saúde familiar, afinal é o primeiro ministério que recebemos de DEUS e não podemos deixar que esta se deteriore, aquele que conhece a palavra e trata mal a sua família, é pior que o ímpio.
Sempre juntos nesta caminhada abs. do irmão.
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