O que mudou suas mentes... em segundos?*
COMFORT, Ray. "180" Movie: what changed their minds... in seconds? Disponível em: http://www.youtube.com/user/JaremenkoFamily?feature=mhee#p/a/f/0/7y2KsU_dhwI. Acesso em: 02 nov. 2011.
"180" Movie mostra jovens sem conhe- cimento e sem informação. Mentes prontas para serem enganadas e convencidas por qualquer sofisma. Vemos jovens que declaram não saber quem foi Hitler ou o que foi o holocausto ou a 2ª Guerra Mundial. Vemos pessoas que admiram Hitler pelo que ele fez e que negam o holocausto como fato. Assistimos a manifestações de xenofobia e racismo. Também cenas tristes e chocantes do genocídio da 2ª Guerra Mundial.
O jovem neonazista Steve conhece Hitler e conhece Jesus. Isto é, pensa conhecer. Sabe o que provavelmente lhe ensinaram e absorveu dessas personagens históricas o que lhe convém para justificar sua postura ante a vida. Ele faz entender, com seu discurso, que Jesus, por ser judeu, é mentiroso e que por isso não merece sua consideração. Mais tarde, confessa que ele próprio é um mentiroso. Podemos então concluir que ele próprio não tem consideração por si mesmo? Questionado por Ray COMFORT sobre o que faz diante do sinal verde, ele se confunde e diz que para. Como é fácil para quem está convicto de deter a verdade absoluta sob a ótica de sua própria conveniência tropeçar em detalhes tão pequenos!
O senhor de origem russa considera Hitler um ser mau e declara, em certo momento do vídeo, que teria coragem de exterminar toda a geração de Hitler. Comfort pergunta a várias pessoas se elas matariam Hitler se tivessem tido a oportunidade. Todas disseram sim. Comfort, então, coloca-as diante do 6º mandamento que diz: não matarás.
Acontece comigo quando estou diante da TV assistindo a uma notícia sobre crimes que envolvam drogas ou violência sexual. Minha vontade imediata é de ter o poder de penalizar o sujeito de uma forma muito dolorida para ele, deixando-o inválido ou até mesmo matando-o. O que ganharia eu com isso? A satisfação de meu ego? Porque, com certeza, qualquer atitude minha não reverteria o fato. Eis um dos motivos pelo qual sou contra o porte de arma ou a pena de morte. De cabeça quente, a gente pode tomar atitudes das quais nos arrependeríamos amargamente, sem contudo ter volta.
Recentemente, pesquisando na internet, descobri que um irmão de sangue, a quem eu muito amara, mas que veio a me causar um grande mal, tivera um dissabor com seu próprio filho. No momento, senti, confesso, um prazer como que um veneno saboroso escorrendo de meus lábios. Quase pensei em voz alta: bem-feito. Imediatamente, senti-me como uma “goiaba bichada”. Como poderia eu, logo eu que quero ser canal das bênçãos de Deus, selecionar a quem abençoar, separando alguns para amaldiçoar?
Tem sido para mim uma tarefa árdua ensinar a meu filho-neto o perdão. Temos a responsabilidade de praticar o que ensinamos. Não podemos deixar valer o "faça o que eu mando, não faça o que eu faço". A palavra perdão não é difícil de ser pronunciada aqui em casa. Sempre estamos a pedir perdão e a perdoar-nos uns aos outros. Mas nós nos amamos. O que tem sido difícil é perdoar a quem não faz parte de nosso pequenino grupo mais próximo e pessoal. O coleguinha de escola que dá um esbarrão proposital, o colega de trabalho que prejudica intencionalmente nossa caminhada profissional, o vizinho que nada facilita nosso relacionamento social... Mas, glória a Deus que, por nosso Senhor Jesus Cristo, deixou-nos o Espírito Santo para nos ensinar todas as coisas que Jesus, nos havia dito. É quando, então, lembro-me do que Cristo ensina sobre amar ao próximo, principalmente quando esse próximo é inimigo:
“Mas Eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. Dê a todo aquele que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não o exija que o devolva. Como vocês querem que os outros façam, façam também vocês a eles.”Lucas 06:27-31
No vídeo, todos mostram que fariam justiça com as próprias mãos. Então, Ray Comfort coloca-os em xeque com suas próprias consciências ao fazer o paralelo entre o holocausto e o aborto. Comfort tem um objetivo com o vídeo: levantar a polêmica do aborto, fazendo com que aqueles que são a favor mudem de opinião.
Para mim, o vídeo levanta questões ainda maiores: meu relacionamento com Deus, minha disposição de servi-lO e a volta iminente do Senhor Jesus.
Ele disse que nos conheceriam pelo amor. Estamos demonstrando o amor de Deus ao mundo? Conseguimos amar e perdoar, inclusive a quem nos faz mal? Estamos salgando a terra e iluminando o mundo? E se Jesus voltar agora, antes do próximo ponto de interrogação, estaremos preparados, ou seremos encontrados como noivas néscias, sem óleo nos candeeiros?
Que saibamos aproveitar dessa chance que o Espírito Santo tem nos dado de mais um tempo para nos prepararmos para a volta de Jesus. Não foi no último ponto de interrogação. Quem sabe, será no próximo? Ou no próximo...
Por Ana Mônica Jaremenko.
Direitos reservados ©2011.
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Um comentário:
Ótima postagem! Parabéns!
Eis o grande conflito que se encerra na pratica da justiça: ao buscarmos ser justos, enfrentamos a tentação de padronizar a justiça pelas nossas práticas, reprovando apenas o que entendemos ser errado no próximo.
Deus nos ajude a praticar a justiça consoante à humildade.
Lembremos sempre que ainda habitamos num tabernáculo corruptível.
Pr. Aureliano (pr_aureliano_jr)
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