Alzira Pereira da Silva (1937-2007) com netas, netos e 1º bisneto. Exemplo de mulher, mãe, avó, bisavó, cidadã, coragem. Goiânia, Goiás, Brasil. 2006. |
98 dias sem postar. É o tempo que ficamos longe deste blog. Não por vontade própria. Mas os cuidados deste mundo nos tomaram tempo demais...
Mas, o Senhor tem cuidado de nós. E temos percebido que, de alguma forma, muitos têm sido tocados pelas reflexões aqui expostas. As estatísticas de visistas nos mostram isso.
Por ser um blog cristão, queríamos ter postado alguma reflexão na Páscoa. Voltamos hoje, há dois dias do Dia das Mães, com o conto Quando Deus criou as mães, de Erma Bombeck. Na foto, minha mãe, Alzira Pereira da Silva (1937-2007), meu exemplo e a quem nunca conseguirei imitar, por mais que eu tente. O momento era de reunião de família. Netos que há muito tempo ela não via juntos, primeira neta passando por um vale difícil de ultrapassar, primeiro bisneto e único que conheceu (quem sabe quantos ainda virão...).
Muitas coisas minha mãe ensinou:
"Filhos são como dedos: a mesma mão/mãe. Porém, todos são diferentes: dedos/filhos/irmãos."
"Amar a família, amar suas crias. Incondicionalmente!"
"Derrota hoje? Amanhã é outro dia! Recomeçar! Andar para a frente! Fazer diferente! Reconstruir! Jamais desistir!"
"Coisas são coisas... Pessoas são pessoas!"
"Onde cabe um, cabem dois, cabem três... Onde come um, comem dois, comem três... Onde dorme um, dormem dois, dormem três..."
Lembro de uma época, em que minha mãe tinha apenas dois vestidos. Usava um enquanto lavava o outro. Lembro que um deles era azul marinho com pequeninas bolinhas brancas em relevo. Lembro também que ela era muito bonita. Descobri um dia o significado de seu nome: Princesa! Graça e Beleza!
Fui uma filha rebelde. Mas o Senhor deu-me a oportunidade de demonstrar meu amor, respeito e admiração por minha mãe enquanto ela ainda era viva.
Homenageei-a com a leitura do conto Quando Deus criou as mães, de Erma Bombeck, em uma reunião de poetas de Goiânia, quando ela completou 69 anos (seu último aniversário). Naquele dia, também fomos ao cinema. Foi ela quem escolheu o filme: Dois filhos de Francisco (a história da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano).
Em dezembro daquele ano, fomos a uma churrascaria. No final, ela queria comer sobremesa. Eu não queria deixar, pois ela era diabética. Finalmente, ela prevaleceu: ela queria sentir a alegria doce da vida! Faleceu por causa do câncer, em 22 de janeiro de 2007.
Hoje, sinto um misto de orgulho, saudade e gratidão. Orgulho por ter tido essa mulher forte e amorosa como mãe. Saudade porque ela é insubstituível. Gratidão porque Deus deu-me a oportunidade de receber dela o reconhecimento de boa filha, apesar de todas as lagrimas que a fiz derramar.
Sou mãe. Hoje, há um vale entre mim e minha filha. Minha única filha, a qual tive por amor, desejo e decisão.
No dia em que minha mãe faleceu, meu neto foi-me entregue para ser cuidado por mim e pelo meu esposo. Hoje, ele me chama de mãe. E ao meu esposo, de pai. Exatamente hoje, 06 de maio de 2011, fomos à escola desse filho-neto assistir à homenagem do Dia das Mães. Foi uma apresentação linda. Ganhei um presente muito bonito e que eu queria. Mas, o mais bonito, o mais gratificante para minha alma, foi ver o brilho de seus olhos ao nos reconher ali presentes, na hora certa, em meio à platéia de pais e mães, cada um encantado com sua própria cria.
Daniela Cristina, Mariana & Víctor Henrique |
Então me lembro que
"Os filhos são herança do Senhor,uma recompensa que Ele dá."Salmo 127:03
Obrigada, Senhor, pela família que tenho, pelo amor de meu esposo, pelos meus filhos e netos.
Obrigada, Senhor, pela família que tive. Por meu pai. Por minha mãe. Por meus irmãos e irmãs. Por meus avós, tios e primos.
Obrigada, Senhor!
Por Ana Mônica Jaremenko.
Direitos reservados ©2011
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